​Possuo uma maneira pouco ortodoxa de pensar e, desde a infância, pude perceber grande desconformidade no pensamento de algumas pessoas, na verdade, na maioria delas. Essa percepção só se intensificou com o passar dos anos levando-me a possível conclusão de que o problema poderia estar no observador e não no universo observado. Apesar disso, mesmo decidido a respeitar o posicionamento de todos e questionar o meu, é quase impossível evitar a sensação de ser uma alma velha em meio a crianças, de possuir convicções mais maduras do que aquelas que povoam a mídia. Muitos assuntos que acredito serem óbvios são tratados com um manto de misticismo pela sociedade. O povo brasileiro, em sua esmagadora maioria, é exacerbadamente religioso e possui um discernimento mais adequado à vida na Idade Média do que no século XXI. A sociedade brasileira, por sua vez, repleta de folclores e com a tendência de tratar mitologia como verdade, tornou-se um campo fértil para engôdos nas mais diversas áreas. Um cenário propício para corrupção política, seitas religiosas temerárias e a materialização do caos em inúmeras situações.
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Neste contexto, sinto-me livre para contribuir com tal anarquia através de minha própria idiossincrasia. Com isso pretendo discorrer a respeito de temas que vão da religião à política e da fé à ciência. Aliás, assuntos que acredito não devam se misturar, pois permitir a inserção da religião na política ou da fé na ciência é dar uma dimensão totalmente nova ao próprio caos.